quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sou uma pessoa com tendência para o "boca rota". Por isso mesmo, e porque há situações em que é aborrecido perder a educação, tenho trabalhado com afinco naquilo que chamo de filtro.
O filtro é o que nos impede de verbalizar, indiscriminadamente, tudo aquilo que nos passa pela cabeça. É que uma das coisas que nos exigem, quando nos consideram pessoas responsáveis e relativamente educadas, é que consigamos, em tempo útil, perceber que podemos pensar tudo o que quisermos, mas nem tudo pode ser verbalizado. Uma coisa cansativa!
Bem, mas o que importa é que tenho insistido na importância e na utilidade do filtro. E o meu tem feito o seu papel. Tão bem que, neste momento, estou frustrada por não ter dito exactamente o que me passou pela cabeça. Era uma palavrão tão jeitoso!
Enfim, à conta da educação, ficamos por vezes frustrados. Só desgraças. Mas isso também já não é novidade.
Vivo, portanto, num conflito interior.
Se, por vezes agradeço pelo bendito filtro; outras vezes mais me apetece maltratá-lo, por me ter proibido de maltratar outra pessoa qualquer.
Isto de manter a educação dá muito trabalho!

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