terça-feira, 11 de maio de 2010

Nasci numa família católica e tive, por isso, uma educação católica.
Continuo católica, ainda que não praticante. Ou melhor, praticante à minha maneira. Porque como em tudo o que leva as emoções ao extremo, na maioria das pessoas, também em questões de religião, eu acho que um pouco de moderação e racionalidade não faz mal nenhum.
Em tempos como os que se vivem, de crise, desemprego e falta de valores, é habitual que a fé ganhe uma importância que até aí não tinha.
Parece-me, contudo, que numa altura de crise, desemprego e falta de valores, esta visita do Papa a Portugal, um Estado Laico, se reveste de um total exagero.
Parar o País quase uma semana?
Gastar milhões de euros?
Está prevista a visita de algum outro representante máximo de outra qualquer religião ao nosso País?
Está previsto que este seja recebido pelo Presidente da República?
Está previsto que o País pare quase uma semana e se gastem milhões de euros na organização dessa mesma visita?
Não é a mesma coisa, dirão alguns, já que a maioria dos portugueses é católica!
É precisamente a mesma coisa. É, aliás, uma questão de tolerância, coerência, igualdade e bom senso. Coisas que ultimamente não se vêem por aqui.
Assim se vive, no País das Maravilhas!

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