segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Mais Um Dia Depois dos 30

Um copo meio não tem, obrigatoriamente, que estar meio vazio. Também pode estar meio cheio.
É com este espírito que procuro enfrentar a vida. Todas as situações têm um lado bom e um lado menos bom e eu procuro sempre o lado bom.
Mas há alturas e situações em que, por mais voltas que dê, não consigo encontrar o lado menos mau. Começo a achar que em alguns casos, o lado bom definitivamente não existe.
A pequenez, a chico-espertice e a tacanhez de algumas pessoas tiram-me do sério. Mas mais grave ainda, parece-me a estupidez que uns e outros teimam em manter, preservar e conservar como se de um verdadeiro tesouro se tratasse.
A "velhice" está a deixar-me sem paciência!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O primeiro dia depois dos 30

Para prevenir futuras perdas de memória, já que desconfio que o alzheimer vai fazer das suas por volta dos 40, uma das decisões que tomei foi começar a escrever um diário quando chegasse aos 30. O problema é que ainda não comprei um diário. Poderão dizer que o blog tem a mesma função. E é verdade. Mas e se depois não me lembro do endereço para aceder ao meu próprio blog?
Assim, se for um diário mais tradicional, a probabilidade de o encontrar aqui por casa é maior. Talvez até sinta curiosidade, comece a lê-lo e recorde algumas das coisas que fiz entretanto.
Mas enquanto não compro o tal diário, vou escrevendo no blog.
O primeiro dia depois dos 30 (obrigada pela sugestão deste título) parece-me muito igual aos anteriores.
Para já, é como se tivesse bebido uma frize "estou na mesma".
Estou com uma vontade irresistível de aproveitar os últimos raios de sol deste dia, ainda não descobri mais cabelos brancos, nem rugas (ou qualquer coisa que possa vir a transformar-se uma ruga)... Enfim... reina a normalidade...
Apesar do choque, por ter entrado numa nova década (dito assim parece assustador - obrigada a quem me lembrou disso), a única diferença é que estou com uma enorme curiosidade: todas as pessoas me dizem que os 30 anos são uma idade fantástica. Por isso mesmo, estou com uma enorme expectativa. Acho que vou passar a ver a vida com outros olhos. Tudo para mim agora é novidade.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

14 de Fevereiro

Viva o amor!
Poderão até pensar que é para ser diferente, mas não gosto particularmente deste dia.
Cada um de nós tem direito a ser estrela por um dia, certo? Na maioria das vezes, esse dia coincide com o nosso dia de aniversário.
Pois bem, já é conhecida a minha tendência para o egoísmo e eu gostava de ter direito a um dia de aniversário mais calmo, mais normal, mais calmo e menos em tons rosa e vermelho.
É que o meu aniversário é o dia 14 de Fevereiro (cada um tem aquilo que merece e eu continuo sem saber se isso é bom ou mau, mas mais uma vez parece-me adequado)! O dia escolhido para celebrar o amor.
Não tenho nada contra isso, muito pelo contrário. Devo até destacar a coragem do soldado Valentim que, há uns bons séculos atrás, resolveu contrariar a ordem do imperador Cláudio II e ajudou muitos apaixonados a casar em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro, mas tornou-se num herói, com direito a um dia especial e muito romântico.
Voltando agora à actualidade, aborrece-me um pouco o facto de ser quase impossível encontrar um restaurante para jantar calmamente. Gostava de não ter de "partilhar" o meu dia com tanta gente.
Mas este dia também tem o seu lado cómico. Hoje fui às compras e passei em frente a uma loja de flores. Não posso dizer que fiquei admirada com o que vi, mas posso dizer que achei engraçado. A loja estava cheia de senhores apaixonados à espera da sua vez de comprar um ramo de rosas vermelhas para oferecerem às suas companheiras. Fazem muito bem, a economia agradece.
Afinal os portugueses são uns românticos.