- "Li o teu post sobre relações estranhas."
- Relações estranhas como?
- "Aquilo que dizes que uma pessoa não te completa."
- E não é verdade? Há pessoas especiais, de quem gosto, de quem preciso em momento diferentes e que me completam de formas diferentes.
- "Hum. Continuo sem perceber como é que tu dizes que gostas de alguém, mas que não queres que essa pessoa esteja sempre contigo, ou que não sentes falta dela todos os dias. E também continuo a achar que tu tens medo de admitir o que sentes."
- O que queres que te diga? Esta conversa já não é nova. Preciso de manter o meu espaço. Prefiro ter vontade de estar com alguém de quem gosto, do que ter de suportar alguém até nos fartarmos. E sabes bem como eu consigo ser implicativa quando me farto de alguma coisa, não sabes?
- "Sei pois. Consegues ser irritantemente implicativa quando queres. E tens razão, estar com alguém porque queremos é muito diferente de estar com esse mesmo alguém porque tem de ser. Mas também sabes que a estabilidade é importante."
- "Sei pois. Consegues ser irritantemente implicativa quando queres. E tens razão, estar com alguém porque queremos é muito diferente de estar com esse mesmo alguém porque tem de ser. Mas também sabes que a estabilidade é importante."
- Conheces a minha opinião sobre isso.
- "Sim. E reconheço que gostava de conseguir ser mais como tu. Mas não consigo."
- Respeito...
- "Olha, tenho saudades das nossas conversas de fim de tarde."
- Muda de "bairro" e podemos conversar mais vezes e com menos telemóvel.
- "Não posso, sabes disso."
- Sim.
- "Tenho saudades tuas."
- Ahahahahahahah!!
- "Tás a rir assim porquê?"
- Porque essa é a única regra daquilo a que tu chamas de relações estranhas. Sem comparações. E a única cobrança é "tenho saudades tuas, preciso de ti ou quero estar contigo". Lembras-te?
- "Lembro. Tu consegues ser tão básica como complicada."
- Não. Complicados são os homens. Aliás, cada vez acho mais que os papéis se estão a inverter. Algumas mulheres cada vez mais pragmáticas e alguns homens cada vez mais complicadinhos. Sabes que sou muito pragmática. Para que é que havemos de complicar o que não é complicado?
- "Continuo a achar que isso é uma perspectiva muito básica."
- Talvez. Prefiro chamar-lhe perspectiva pragmática.
- "Pois, é o teu mundo e no teu mundo mandas tu. Teimosa!"
- Prefiro que digas que tenho ideias próprias. Mas não sou inflexível, atenção.
-"Tem dias."
- Tenho de voltar ao mundo dos outros. Da próxima vez a conversa é com minis e sem telemóvel.
-"Prefiro cañas."
- Cañas e tapas. Fantástico.
- "Ahahahahah."
- Então? Tás-te a rir de quê?
- "Quem disse que os homens se conquistam pelo estômago, não te conhecia. Está mais que visto!"
- Ahahahah. Verdadinha. Vendo-me por um arroz branco ou uns ovos estrelados.
- "E cozinhas mal de caraças!"
- Cozinhava mal de caraças. Estou a tornar-me a melhor cozinheira do mundo.
- "Ahahah! O pão de sementes não conta, nem as pizzas caseiras."
- Obrigas-me a discordar.
- Tenho de voltar ao mundo dos outros. Da próxima vez a conversa é com minis e sem telemóvel.
-"Prefiro cañas."
- Cañas e tapas. Fantástico.
- "Ahahahahah."
- Então? Tás-te a rir de quê?
- "Quem disse que os homens se conquistam pelo estômago, não te conhecia. Está mais que visto!"
- Ahahahah. Verdadinha. Vendo-me por um arroz branco ou uns ovos estrelados.
- "E cozinhas mal de caraças!"
- Cozinhava mal de caraças. Estou a tornar-me a melhor cozinheira do mundo.
- "Ahahah! O pão de sementes não conta, nem as pizzas caseiras."
- Obrigas-me a discordar.
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