P1 - Se vires bem as coisas, tu podes fazer aquilo que quiseres.
P2 - Pois posso. Desde que, dentro dos limites do razoável!
P1 - Pois. Mas quem é que diz o que é ou não é razoável?
P2 - Aí apela-se ao bom senso.
P1 - Mas isso é relativo.
P2 - Pois é. Por isso mesmo, antes de fazeres alguma coisa, deves pensar se gostavas que isso te acontecesse a ti. Ou, se te acontecesse a ti, como reagirias. É o princípio do "não faças aos outros, o que não queres que te façam a ti".
P1 - Ainda assim. Continuo a achar que é muito relativo.
P2 - Foi para casos desses que se criaram leis.
P1 - Mas a justiça em Portugal funciona como toda a gente sabe.
P2 - É um facto. Mas a bem de todos os intervenientes do sistema, é bom que continue a haver gente a pensar dessa forma. Porque ainda que lentamente, mantém-se o sistema em funcionamento.